Eu não lembro mais da sua voz, mas, lembro do som rouco do teu sorriso envergonhado, um sorriso que evoluía para gargalhadas constantes e com elas, suas mãos me alcançavam, tentando marcar em mim aquela pequena felicidade que se passava em um piscar de olhos.
Eu não
lembro mais dos seus gostos, nem do teu cheiro.... Desse em específico, pensei
que nunca esqueceria, pelo prazer que sentia em ficar horas atracada em teu
pescoço, o inspirando e delirando com aqueles braços que me acudiam, braços
sensíveis e cálidos.... Eu tremia só de sentir o calor que eles me passavam...
e você sabia, e você me dizia, fazia questão de me lembrar com um simples: ‘Você está tremendo, calma, eu estou aqui’.
Já faz tempo que esqueci o teu nome completo, o que eu
fazia questão de dizer quando me zangavas, hoje em dia não há nem por que te
citar.
Lembro-me faceiramente do gosto dos teus lábios, um gosto
que pretendo esquecer.... Junto disso a lembrança de que eu nunca te disse o
quanto te amo.... Mesmo em meio aos lençóis, mesmo em beijos escondidos em
lugares proibidos, pensei que era público e notório.... Pretendo esquecer....
Biririti
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